Faz tempo que não venho até aqui, e não é pelo frio ter gelado os dedos, que neste inverno ainda não tive a sorte de sentir as orelhas gelarem até deixá-las de sentir.
Na verdade senti vontade de vir numa das manhãs da semana que terminou, mas fiquei-me pela preguiça de, apenas, contemplar o que estava a ver.
Até tirei uma foto daquilo que os meus olhos me mostravam, mas como sempre, o meu cérebro mostra algo mais que aquilo que a câmera deste telemóvel gravou.
Pela primeira vez neste inverno acordei a ver o sol por entre as árvores despidas pelo outono. Acordei sem o cinzento pesado de chuva que esticou o outono até agora.
Finalmente uma manhã alegre de sol.
Faltou o branco da geada, o frio que gela as orelhas e me deixa com aquela vontade de estar parado ao sol a sentir o calor na pele gelada pelo frio.
Mas como sou otimista, sei que a geada vai aparecer ainda antes do Natal. Seria o presente perfeito.
Agora vou para o sol enganar a fome e ajudar o sol, com um copo de vinho, a aquecer a alma.
Sejam felizes.