Passeio domingueiro

Olhei o céu e vi uma nesga de azul envergonhada por tanto branco em tons cinzentos.
Foi o suficiente para decidir dar um passeio domingueiro até à beira mar em modo
– quero lá saber se vai chover, o carro vai aberto!

Foi aberto e voltou aberto. Levei com umas pingas tímidas na chegada a Santo Tirso.

A tarde estava perfeita para domingueiro ficar a dormir no quentinho do carro estacionado à beira mar.
Acontece que não sou o domingueiro típico nem o carro estava quentinho, estava bem arejado.
Tive de sair e dar um passeio, como podem ver nas fotos.

image

image

image

Na chegada, como já disse, levei com umas pingas. Podem ver a linda cor cinzenta.

image

Mas como a sorte na acompanhou, e encontrei um sítio onde estacionar bem ao lado do DelRock, tive de vir aqui beber uma cerveja preta e assim terminar em grande este excelente passeio domingueiro.

image

Sejam felizes!

Acreditem que para lá do cinzento do céu existe azul.

Coisas da vida…

Escrevo influenciado pelo álcool, e vim aqui só para escrever o seguinte:

É triste ver mulheres tristes por homens que só se lembram delas para foder… e só vem ter com elas por não terem encontrado outra triste melhor -.-

Depois disto que acabo de escrever, vou passar o resto da vida a pão e água hajhajajajajjaj

Sejam felizes.

O medo da escolha

Existem pessoas que tem medo de se envolverem com alguém por causa do seu passado…
– Fulana já andou com fulano… fulanos… etc….

Pessoalmente não entendo isso. Não entendo o medo.

Relativamente ao passado, eu classifico o passado de uma pessoa num de dois vectores:

* o vector que moldou o seu carácter;
* o vector do seu presente.

O vector que moldou o seu carácter é aquilo que nos fez reparar na sua existência, para lá daquilo que o espelho mostra. É aquilo que a faz diferente das restantes pessoas, que a torna especial… desejável para lá do desejo físico, animal.

O que é no presente é aquilo que queremos ser, aquilo que desejamos construir, o novo futuro. Aquilo que podemos construir em conjunto sem medo.
Sem medo do nosso preconceito, preconceitos; sem medo de ouvir e saber das opiniões de outros; sem medo de não conseguirmos fazer a diferença.

Geralmente ficamos a perder com estes medos.

Pessoalmente nunca me interessei por passados que não vivi, em que não participei. Algumas pessoas estranharam e não entendem isso. Não entenderam o facto de eu não querer saber do seu passado e de eu não querer falar de passados que eu vivi.

Não o faço por desinteresse, mas por estar mais preocupado com o futuro e preferir viver o presente intensamente sem deixar que fantasmas me condicionem.

Gosto de encarar cada relacionamento com a mesma inocência do primeiro. Com a mesma intensidade.
Isto é o que desejo.

A única coisa que desejava alterar com a experiência que tenho acumulado, o meu carácter, é o que procuro ou o que me faz querer falar com alguém. Acabo sempre procurando do mesmo, mas cada vez mais existente…

Um dia destes quero procurar outra coisa. Quero ser mais carnal.

Mas enquanto não me decido do que escolher, vou reparando no impossível.

Sejam felizes.

Memórias

Existem momentos em que a solidão e a companhia de um copo de vinho, neste caso branco, nos deixam a viajar pelas memórias.
Memórias que vem à superfície pela existência de estímulos sensoriais que no conjunto nos levam para um passado, me fazem uma recordação do passado.
Esta vista, um copo de vinho branco, uma noite fresca que lembra o verão, uma música ao longe, um banco de jardim vermelho onde não estou sentado… não é Bons Ares por um acaso…

Memórias boas de algo de que sinto falta e que simultaneamente magoa.
Dou por mim a pensar:
– Porque será que sou assim? Podia ser como tanta gente que guarda rancor e procura a vingança…

Em momentos como este penso que se fosse diferente estas memórias não trariam um vazio, uma vontade de viajar no tempo e ter feito algo diferente. Teria o vazio ocupado pelo rancor e esquemas de possíveis vinganças. Penso na música Pulp – Common People e como seria bom ser uma pessoa “comum”.

Mas não era eu. Não teria tido o prazer de dizer:
– Obrigado pelo privilégio que tive!

Também não teria a consciência da irrepetibilidade da possibilidade de voltar a conhecer alguém igual, mas, também, não teria a consciência de que existe a possibilidade de ser surpreendido.

Nos momentos que recordo não existiam rosas.

Chega de memórias, vou beber uma cerveja aditivada.

Sejam felizes.

Pensamentos

A mulher é um ser inseguro por natureza.
Insegura da sua beleza.
Insegura da sua inteligência.
Insegura da sua criatividade.
Insegura do seu amor.
Insegura de quem a ama.
Insegura de ser a pessoa certa.
Insegura de…

A natureza não está preparada para uma mulher segura de si.

Os homens tem medo, terror de mulheres seguras.

E eu que não encontro nenhuma… Sempre acreditei em utopias.

Sejam felizes.

Passeio à Sra. do Monte, Lisboa

Hoje saí com o objetivo de fazer umas compras na zona do Martin Moniz.
Pelo caminho decidi ver as missões ingress que existiam na zona e vi que existia uma que ficava no caminho, pelo menos tinha um portal, porque os outros ficavam ao longo da linha do eléctrico 28.

Fui comprar o que me tinha decidido comprar para depois terminar a missão.

image

Pelo caminho, quem desce para o intendente, tive oportunidade de reparar que por entre tantos prédios degradados e devolutos ainda existem recantos selvagens que em tempos passados foram jardins, entretanto abandonados. A foto anterior é um exemplo de um desses oais.

Terminei a missão junto a um mural urbano que me prendeu o olhar. Não pelo seu realismo mas pela forma como pretende passar uma mensagem, uma ideia. Ora vejam:

image

Uma espécie de árvore que se assemelha a um cérebro brilhante que nasce num livro aberto.
Fiquei a pensar por uns momentos…

Decidi ver se existia outra missão por aqui e existia uma interessante na Sra. do Monte. Como nunca tinha ido a este sítio de que na tinha ouvido falar, decidi juntar o útil ao agradável e segui para a missão.

As seguintes fotos mostram um pouco daquilo que encontrei na Sra. do Monte.

image

image

image

image

image

image

image

image

As fotos que aqui estão são umas tristes tentativas de mostrar a magnífica vista sobre a cidade, o rio Tejo e o Castelo de S. Jorge.
Tenho de lá voltar com tempo de explorar a zona e comer num tasco com turistas e muito bom aspecto.

Mas por agora chega. Quem ficou curioso só tem de lá subir.

Sejam felizes.

Agir

Acabo de ler algures que a diferença entre o que somos e o que queremos ser é o que fazemos.

Não sei quem disse isto pela primeira vez. Se é que possa ter autoria numa única pessoa ou num saber coletivo que alguém transformou nesta magnífica frase.

A verdade é que é da mais cruel verdade, sim! a verdade pode ser cruel.

Sem o “fazer”, nada do que pensamos acontece, nada do que desejamos acontece, nada acontece. Além de ver outros conseguirem o que pensamos.

Também é verdade que todos quantos tem no fazer uma prioridade, uma necessidade, um objetivo para cada dia a reprovação de tantos velhos do restelo (usando as palavras do grande Camões) e de muitos mais movidos pela inveja.

Se os velhos do restelo são movidos pelo medo do fracasso ou do “eu sei que não sou capaz”, os invejosos são movidos por algo perverso. Nem sempre é claro o motivo que gera a inveja, mas tem sempre origem em algo que ele, o invejoso, sabe que nunca vai conseguir ou que nunca o vai conseguir de uma forma que todos os outros que conseguiram reconheçam que ele o conseguiu de uma forma muito mais esplendorosa.

Pessoalmente fico-me pelo sonho, não pelo medo, mas por saber que se trata de uma utopia. As outras vou realizando.
Porque uma coisa aprendi, a dúvida do ” será que teria conseguido?” é muito mais violenta que o insucesso, e fica para sempre.

Não sei o motivo de ter escrito estes parágrafos algo desconexos, à volta do primeiro parágrafo, mas deu-me prazer partilhar um bocadinho da minha pouca experiência.

Sejam felizes e não deixem de fazer o que desejam, porque a dúvida nos vai perseguir para sempre e o fracasso é uma das possibilidades.

😉

Tarde de chuva

Hoje sai de casa com o objetivo de vir ao centro da cidade beber uma cerveja preta no sítio onde tendo rumado todos os domingos de tarde. Como o sol começou a sorrir lembrei-me de dar um salto ao Castro do Monte Padrão e fazer a missão ingress que aí existe e uma em Valinhas, ficava no caminho.

Já me tinha esquecido da beleza que estes dois sítio tem. E da magia com que a chuva deixa estes sítios no início da primavera, quando as árvores ainda tem folhagem jovem.

Arrependi-me de lá não ter ido ontem, como tinha programado, e feito um dos percursos existentes.
Outro dia vou lá com tempo e sem hora de voltar.

Mas chega de escrita e vejam algumas das imagens que guardei.

image

image

image

image

image

image

Sejam felizes.

Coisas

Existem coisas que me intrigam nisto da beleza feminina.

Aos fins de semana, quando vejo um pouco de televisão, sem ser de passagem num qualquer restaurante, café ou bar, reparei na publicidade de uma marca de roupa interior, não pela beleza da moçoila, da fotografia nem dos trapinhos com que a moçoila se apresenta, mas pelo motivo pelo qual as moçoilas devem comprar aquela peça de roupa interior.

Pensava eu, na minha ignorância, que a roupa interior se comprava pelo conforto, por um algum motivo fetichista ou a realização de uma qualquer fantasia.

Pensava eu que aquelas peças que fazem com que uma moçoila pareça ter umas maminhas maiores que o que realmente tem tinha passado de moda. Parece que não, porque esta marca apresenta isso como trunfo “compre e fique com o número acima” (ou algo do género).

Será que toda a gente vive uma mentira num mundo de faz de conta? Algum dia terá de se apresentar como realmente é, e depois?…

Não entendo esta necessidade.

Muito menos o começar algo, seja lá o que for, com uma mentira.

Entendo que a mentira é o caminho fácil e quando todos fazem o mesmo melhor.

Quem gosta da verdade, como eu, isso é comida plástica sem sabor… com sabor sintético… enfim.

Pronto, já deitei cá pra fora.

Sejam felizes.